segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Pernilongos de Cláudio, Cláudio dos pernilongos



Quem a essa altura já não sofreu com esse pequeno e destruidor inseto nessa cidade. A causa, bom, segundo especialista, "N" fatores como o desmatamento, ligados muitas vezes a, olhem só, plantação de cana de açúcar, entre outras coisas, córregos a céu aberto, etc. Quanto a questão da cana de açúcar em específico, não achei nada muito claro, até porque o setor é forte e notícias do tipo não são boas para o negócio né?! Mas nessa matéria fica meio que mas entrelinhas: http://www.redeclaret.com.br/1393

Agora vamos pensar quem são os possíveis culpados das lesões de tenista causadas pelo excesso do uso das raquetes contra pernilongos, já que ninguém tá conseguindo ficar sem elas, a todas as pessoas que acabam parando no hospital porque tem alergia, fora todas as noites de sono que perdemos por causa desses malditos pernilongos. Não vou culpar só nosso excelentíssimo prefeito, mas sim, também. Sabem o famoso fumacê? Aquele que foi passado em anos em que a dengue era uma ameaça maior, lembram né? Pois é, ele pode ser usado, não na cidade, ou pelo menos não em muitos lugares, porque muita gente tem alergia ao produto e pode acabar passando muito mal mesmo, principalmente quem tem asma. Mas acho que a plantação de cana não sobre desse mal, então talvez lá poderiam passar o produto, e em lugares mais afastados de residencias, beiras de córregos como já é feito em muitos lugares. 

A coisa já chegou a tal ponto que virou piada, e não sei se isso chega a ser bom, mas pelo menos acaba servindo como um modo de crítica já que nada é feito. Falo do perfil no facebook do Pernilongo Claudiense: http://www.facebook.com/profile.php?id=100002858553287. Pois né, se ele tivesse vida própria acho que faria o que faz no perfil mesmo, ia rir da nossa cara.

E enquanto nada é feito, ficamos ouvindo por todos os cantos as raquetes em todo canto da cidade, de madrugada na casa de vizinhos, quando nós mesmo não estamos usando, e fritamos de calor já que com a casa aberta a situação piora, aí na maioria das vezes a gente aguenta as picadas pra não morrer de calor. E deixa contar uma coisa, com o calor piora, pois é, já tá um calorão, já tá insuportável com os pernilongos como estão, e ainda pode piorar. Por isso segue uma receitinha caseira que ajuda um pouquinho enquanto ninguém pensa em algo melhor, ou tem boa vontade mesmo pra fazer o que dá pra fazer, vai ver eles não estão incomodando os governantes. 

Repelente corporal caseiro.
Usem e abusem, não acaba com eles, nem impede completamente que cheguem a nós, mas ajuda um pouquinho, to usando agora inclusive.

Só pro nosso prefeito se inspirar. Tá vendo como tem jeito? Só falta querer.
http://www.toledo.pr.gov.br/?q=noticia/tecnicos-fazem-aplicacao-de-larvicida-para-combater-pernilongos

Marina Brito

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Cláudio e suas lendas

Vire e mexe surge uma nova lenda nessa nossa terrinha, uma das mais famosas é a lenda do Ouro Fala. A lenda trata de um ouro que teria sido enterrado na região há muitos anos, por escravos que o guardavam para pagar suas alforrias. Conta-se que os espíritos dos escravos tomam conta desse ouro, não permitindo que as pessoas se aproximem do local onde estão escondidos. 

Depois disso começaram as histórias de moradores da região que começavam a ouvir vozes supostamente indicando a localização do ouro, até mesmo para confundir quem procurava por ele. As versões para essa lenda variam bastante, essa é uma delas.

Entre todas as lendas da cidade carinho, uma nova lenda surgiu nos últimos dias. Fala-se de manchas vermelhas na serra do ouro fala. Alguns falam que são manchas de sangue. Quando observada do alto no Google Mapas essas manchas vermelhas podem mesmo ser vistas. E a repercussão foi tanta que o fenômeno está sendo estudado por especialistas da área.

Segundo Mario Lúcio da Fonseca, Engenheiro Agrimensor, as pesquisas de campo que foram feitas até agora indicam que o fenômeno pode estar ligado a alta concentração de ferro na região. Segundo ele em um raio de 4 metros de diâmetro, onde estava um dos pontos vermelhos, não observou nada físico. Ele explica que como o percentual de ferro é grande, normalmente solta um gás que costuma produzir até mesmo fogo. 

E é só isso pelo que os estudos, que ainda estão em andamento, indicam. Decepção geral pra quem esperava por fantasmas, sangue, enfim, aja imaginação. Agora é esperar e ver o que o resultado definitivo desses estudos trará, mas parece que nada de tão sobrenatural assim, mas não deixa de ser interessante.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Um pouco sobre a cultura em Cláudio...


Começando mais um ano, e este especial, o ano do centenário em Cláudio, trouxemos a entrevista feita com Gilberto Augusto Souza, baterista da ONG Mineira e coordenador da Casa das Artes. Nessa entrevista foram explorados temas como o início da Casa das Artes, sobre a banda ONG Mineira e de todo um conceito de cultura em nossa cidade. Destacamos os trechos mais importantes dessa entrevista que teve mais de 1 hora de duração.

Projeto Musical Dando Cordas

Em 2007 os jovens músicos Nicholas Costa Dias, Paulo Wilson da Silveira Júnior e Gilberto Augusto Souza, sentindo a necessidade de uma escola de música para atender os jovens da cidade, idealizaram um projeto. Com o mesmo em mãos e um espaço apropriado para o início das atividades, eles se encontraram, ao acaso, com a até então secretária de educação do Município Edna Gonçalves Amorim que falou sobre a intenção de realizar um projeto voltado para a música.

Depois de analisar o projeto, a secretária de educação Edna,convidou Gibran Mohamed Zorkot, há 12 anos diretor da escola de música de Formiga, para trabalhar na formação dos músicos.

Assim nasceu o Projeto Musical Dando Cordas pela Prefeitura Municipal de Cláudio, que há três anos atende 150 crianças e conta com uma lista de espera de aproximadamente 350 pessoas. Os alunos do projeto Dando Cordas participam de apresentações musicais na maioria dos eventos culturais de Cláudio e também recebem constantemente convites para apresentações em outras cidades.

Casa das Artes

Em razão da extensa lista de espera no Projeto Musical Dando Cordas, veio a necessidade de criar um projeto particular. Surgiu então a Sol Music Escola de Música, em um espaço pequeno e improvisado, oferecendo cursos de violão, guitarra, contra-baixo, teclado, canto e também musicalização infantil para crianças de seis a doze anos.

Depois de aproximadamente cinco meses, a Sol Music Escola de Música deu lugar a Casa das Artes, em um espaço bem maior, aperfeiçoando o curso de música e aderindo cursos de dança ( pop americana, axé e forró universitário), capoeira, português, inglês e redação.

Surgiu também o projeto “Empresa Amiga”, que atende voluntariamente mais de 100 crianças nos cursos de musicalização infantil, dança pop americana, axé e capoeira, com o apoio do Sicoob Copermec. Pretende-se posteriormente analisar o perfil dos empresários para ver quem tem consciência social e que entenda a importância da arte e da cultura para a sociedade para, assim, conseguir novas parcerias. “É um investimento diferente do que as empresas estão acostumadas a fazer. Hoje em dia investe-se muito em time de futebol, em camisa, mas não necessariamente na formação artística e cultural das crianças e dos jovens. É uma oportunidade muito grande pras empresas investirem no lado social”, destaca Gilberto Augusto Souza, professor e coordenador da Casa das Artes.

Cláudio está caminhando para o centenário e a tendência é que a cidade cresça num ritmo muito mais acelerado do que foram esses cem anos. E para isso é preciso  ter uma base cultural bem desenvolvida, para cidade crescer com qualidade. A casa das Artes vem para  contribuir com o desenvolvimento cultural da cidade.

É um projeto que está nascendo com os 100 anos de Cláudio e Cláudio vai fazer mais 100 anos e este projeto vai estar ai, sendo desenvolvido e ampliado.

Banda Ong Mineira



A Ong Mineira é um dos projetos mais fortes da cidade de Cláudio. Foi a primeira banda a gravar em estúdio, com os próprios músicos. O primeiro trabalho completo e complexo, após três anos de estudo de música e trabalho de arranjos.

Com 45 dias de banda, a Ong Mineira gravou a música “Voltar”, uma gravação para conhecer o estúdio e que teve uma aceitação muito boa pelo público. Algumas pessoas que ouviam pela 1ª vez a música ainda tentavam cantar. Após isso, começou o MusiCanto popular, que é um incentivo muito grande para as bandas de Cláudio e região. Foi de grande importância pra resgatar a auto-estima dos músicos locais, já que Cláudio, por ser uma cidade pequena, não tinha como desenvolver o estudo de música. A oportunidade para estar num palco com som grande, com público grande, era muito pequena. Á partir disso, a maioria das bandas voltou a resgatar o trabalho.

A Ong Mineira começou com a era festival. Participou dois anos consecutivos com a música “Sistema” e no terceiro ano com a canção “Libido”, que fez da Ong Mineira a banda mais bem classificada entre os músicos da cidade de Cláudio no MusiCanto Pupular.

As músicas da banda tocaram em todas as rádios da região. Mas as pessoas ouviam as musicas e não conciliavam a musica com a Ong Mineira. E hoje, a Ong procura desenvolver isso. Faz um trabalho de divulgação na Internet para que, quando a pessoa fizer uma pesquisa, vai poder conhecer, não só as músicas, mas a origem da banda, saber quem é a Ong Mineira.  "Hoje o Brasil vende pouca música, vende muita imagem."


São sete anos de estrada levando o nome de Cláudio para vários lugares. Já participou do programa Música Ambiente ao vivo na TV Candidez.

Nos primeiros cinco anos o vocalista era o Ricardo (Dadau), que levou o projeto muito à sério também, mas que teve a oportunidade de ir para Belo Horizonte, tentar uma carreira solo, e foi o que ele optou.

Vilson Fróis é o principal compositor da Banda. É natural de Teresópolis, em Betim. Ele tinha letras que falavam sobre a revolta política, violência, muito pelas influências das experiências que tinha lá. Com o tempo, passou a compor baladas, sendo uma delas Libido. A Ong Mineira possui cerca de quarenta composições para serem trabalhadas e vem trabalhando arranjos de doze canções.

A Ong tem a preocupação de compor com consciência. “Passar uma imagem bonita, uma mensagem legal para quem ouvir trabalho.” E é essa a essência da banda. Sete anos com muita identidade, muita personalidade no trabalho que faz, muita seriedade, muito trabalho, muita vontade de deixar uma semente para as próximas gerações fazerem trabalhos semelhantes ou até melhores.  

Sobre o sucesso 

" A gente entendeu que o sucesso é muito relativo, que a gente não precisava fazer sucesso para fazer o que a gente gosta e ser feliz. Quando o artista ganha uma maturidade ele analiza e pensa: Peraí, eu não tenho que fazer coisas para agradar o público, ou para fazer sucesso ou para ganhar dinheiro, eu tenho que expressar minha arte, tenho que expressar o que eu sinto." 


O que vem por aí

Em breve a banda vai gravar uma música nova que está sendo muito bem trabalhada. Possui uma letra alto-astral, arranjos bem trabalhados. “E de novo as pessoas vão ouvir e dizer: De onde é essa banda? De Cláudio? Não... banda de Cláudio não faz isso não!”. 

Cultura

" Cultura é toda uma ação que envolve uma sociedade. Por exemplo, Cláudio hoje tem a cultura da bebida, que todo evento pra funcionar, ele tem que ter bebida. Então assim, se a gente fala: Show do 14 bis em praça pública! Não dá nada. Aí você fala: Carnaval, som mecânico, pode beber à vontade que a festa é pra isso mesmo! É lotado."

"A casa das Artes contribui muito para a cultura de Cláudio. É um incentivo a mais para que os jovens tenham um futuro melhor. Se o ser humano é produto do meio, a Casa das Artes faz parte do meio de todos os Claudienses, basta apenas que cada um se deixe levar por tudo de bom que esse projeto oferece.  A Banda Ong Mineira leva para outras regiões o nome da nossa cidade, do nosso estado. Desenvolve um trabalho sério e de qualidade. Com a Casa das Artes, o Projeto Musical Dando Cordas e com a Banda Ong Mineira, Cláudio só tem a ganhar. Que 2011, o ano do centenário, os artistas e amantes da nossa cultura tenham mais e mais motivos para se orgulharem!!" 
Tatiana Santos

" Conheci a casa das artes e a banda ONG Mineira no mesmo dia, já tinha ouvido falar sobre a casa das artes, mas nunca tinha ido lá, até a inauguração. Foi surpresa em dose dupla, entrar naquele espaço que já emanava uma coisa muito boa, a escolha do lugar com certeza ajudou muito nisso. Enfim depois que ouvi a apresentação do lugar, a proposta, não tinha como não dar certo, só a forma como eles falavam daquilo, qualquer coisa que seja feita com tanto carinho tem de ir pra frente. A ONG bom eu concordo com o que o Gilberto disse em certo momento da entrevista, eu fui uma das que pensou: "Puxa, Cláudio tem uma banda assim de tanta qualidade?" E o pior eu levei tanto tempo pra conhecer. 

Enfim, ONG e Casa das Artes, é cultura, e caramba como precisamos disso, sem nenhum demérito as outras bandas, longe de mim. Mas fico feliz ao conhecer um pouco mais desse universo, ver que por trás de tudo isso há uma preocupação de fato com essa cidade, com quem vive aqui e com o futuro cultural dela. Só podemos então torcer e apoiar cada vez mais espaços e projetos como esses."

Toda a entrevista foi de muita qualidade e nosso desejo era poder publicar letra por letra dela, mas ficou muito extensa pra transcrevê-la. Mas podemos explorar isso em um outro post, vamos pensar seriamente nisso.

E é isso aí. Não deixem de participar e divulgar esse espaço, como já dissemos anteriormente ele é para todos os claudienses, por isso participem! Até a próxima!


Marina Brito e Tatiana Santos